ERRAR
Errar (a errância). E o zanzar ligado à dúvida, à inquietude. Primeiramente, pensou-se em derivar, mas a deriva em sua origem tem regras muito estritas e, em geral, um destino final ao qual chegar. Mediante isto, escolhe-se a errância. Qual o modo de caminhar dos que erram?
A errância não pressupõe um espaço pré-existente, pois é o caminho de si mesma. Com a errância se chega sempre a um outro lugar, o lugar do erro. Mas também não é exatamente um lugar porque é sempre um caminhar. Os errantes são aqueles que erram no sentido de um vagar, de um estar em movimento (lento), pois os errantes não são rápidos. Errar é um luxo porque permite o tempo do desviar-se da rota a ser trilhada para chegar. Quem erra, o errante, não tem compromisso com o chegar. O errante é um improdutivo para a ciência e para o capital. E aí reside sua importância para o que não é ciência, para o que não é capital. (Arte = Capital, como na equação de Beuys?) (O erro é improdutivo e deve ser eliminado?)
(Não há uma sede fixa no Instituto de Artes. O espaço físico, portanto, passa a ter muita influência. Ele também nos leva a uma epistemologia da errância, a um humano errar.)